domingo, 18 de julho de 2010

This ain't about mood swings II

Eu não tenho vergonha de nada do que sinto, porque tudo é verdadeiro.

Sempre gritei minhas dores e amores para quem pudesse ouvir.

E não vai ser agora que eu vou mudar.

Não tenho motivos para esconder quem eu sou, por mais que algumas vezes eu sinta vergonha das coisas que eu faço, das coisas que eu penso e da pessoa que eu sou.

Vou continuar contando minha vida para desconhecidos, chorando minhas mágoas sorrindo e vivendo minha vida do jeito que acho que devo viver.



Eu sou diferente de tudo o que conheço e ao mesmo tempo tão igual a todos...

Eu sou a da conversa sobre metafísica do boteco da esquina e a patricinha do camarote da melhor festa do país. Eu sou a criança que não sai de casa sozinha e a mulher que já morou no exterior sem a família.

Uns dias eu me amo, outras vezes eu me odeio.

Nada em mim é mentira, mas nem tudo é toda a verdade.



O que as pessoas não entendem é que nem eu me entendo o suficiente para poder me explicar. Eu sei que eu sou tudo o que sou. Não há dúvida sobre isso.

Não me sinto em cima do muro. Não é que eu ainda não sei quem sou... Eu sou do mundo e todo mundo, ao mesmo tempo que não sou ninguém.

Não escolho que lado de mim vai despertar da cama todo dia de manhã; se fosse assim, eu seria falsa (e talvez tudo fosse mais fácil). Mas não escolho as minhas máscaras.

Já me senti um lixo por parecer fútil quando era para ser culta. Já briguei por não querer falar/ouvir sobre superfluidades, julgando amigos como se eu fosse melhor do que eles por isso. Já perdi muitas oportunidades por agir como criança na hora errada e  já me privei de muitas alegrias por ser "adulta" e não querer participar...

E apesar de tudo, eu gosto de ser assim.

Gosto de poder ser tudo aquilo que tenho vontade, sem ter medo de ir contra aquilo que aparento ser.

Gosto de ter tantos amigos diferentes entre si e de poder me identificar com partes da loucura de cada um deles.

Eu sou um pouco de tudo aquilo que me agrada.



Quando acordo melancólica, eu tenho motivos pra chorar. Quando acordo alegre é porque tenho motivos pra sorrir... e choro mesmo tendo motivos pra sorrir, e sou alegre mesmo tendo motivos pra chorar.

Sinto prazer em cada lágrima que cai do meu rosto, e sorrio apesar da dor.

Hoje, por exemplo, eu não chorei. Ontem, parecia que a tristeza não teria fim. Amanhã eu não sei o que vai ser... mas eu sei que sempre serei eu.

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